Exposição Fotográfica
Reminiscências de Terezin
De Fortaleza Tcheca, a Gueto Judeu, Campo Russo e Cidade Histórica
Espaço Solar da Marquesa de Santos ­ Centro São Paulo - Maio/Junho 2003

Todos sofrem com a guerra! A cidade de Terezin, na República Tcheca, é emblemática neste sentido. Por suas prisões passaram cidadãos tchecos, judeus e alemães; antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial. Agora três fotógrafos mostram pela primeira vez no Brasil os reflexos deste sofrimento que une os povos na exposição Reminiscências de Terezin

A exposição Reminiscências de Terezin - De Fortaleza Tcheca, a Gueto Judeu, Campo Russo e Cidade Histórica ocupa, de 6 de Maio a 30 de Junho, o andar térreo do Solar da Marquesa de Santos. Reminiscências de Terezin integra a programação do Mês Internacional da Fotografia de São Paulo, o mais importante evento de imagens da América Latina.

A exposição é fruto do trabalho dos fotógrafos Vinicius Souza, Maria Eugênia Sá e Christy Speakman que conviveram entre os meses de julho e agosto de 2001 com fotógrafos de todo o centro e leste europeu numa das antigas instalações militares de Terezin, hoje transformada em centro cultural. A mostra conta com a curadoria do fotógrafo tcheco Viktor Kolar, titular de fotografia documental da FAMU (mais importante faculdade de cinema e vídeo da República Tcheca), autor de diversos livros, exposições e vencedor de vários prêmios internacionais como o de Fotografia Documental do Instituto Mother Jones, na Califórnia, EUA.

O resultado desta documentação fotográfica é revelado nas 21 fotos em preto e branco presentes na exposição, já mostradas na própria cidade de Terezin, mas inéditas no Brasil. As imagens trazem de forma subjetiva ecos da dor dos diversos povos que sofreram nas prisões, ruas e instalações da cidade. Afinal, por elas passaram os dissidentes da monarquia na antiga Tchecoslováquia, os judeus confinados pelo regime nazista de Adolph Hitler e os cidadãos alemães presos por todo o país pelo exército russo depois da Segunda Guerra Mundial.

"Em tempos de guerra como o que vivemos hoje, é fundamental lembrarmos que rigorosamente ninguém ganha com um conflito armado. É preciso olhar para o passado e tirar dele as lições para o futuro. Neste sentido, Terezin é emblemática ao demonstrar que apenas o sofrimento une os povos na guerra, e que a dor atinge a todos."

Serviço
Exposição
Reminiscências de Terezin - De Fortaleza Tcheca, a Gueto Judeu, Campo Russo e Cidade Histórica
Quando
: de 6 de Maio a 30 de Junho, terça a domingo, das 9:00 às 17:00.
Local: Solar da Marquesa de Santos. R. Roberto Simonsen 136 ­ Centro ­ São Paulo. Fone 11 3106-2218

Entrada franca

Produção: Media Quatro ­ mediaquatro.sites.uol.com.br
Sugestão para entrevista:
Vinicius Souza
­ mediaquatro.sites.uol.com.br/vinicius.html e vgpsouza@uol.com.br
e
Maria Eugênia Sá (mariaeugeniasa.sites.uol.com.br e mge_sa@yahoo.com.br )

Fones: (55 11) 5093-2855 ou 9631-0666

 

Breve história de Terezin

A Cidade fortificada de Terezin, na República Tcheca, foi contruída entre os anos de 1780 e 1790 para proteger a estrada que liga a Capital Praga a cidades como Linz, Cheb, Dresden, Zittau, Breslau e Glatz. Entretanto, com o fim da guerra de secessão dos Habsburgos e da Guerra dos Setes Anos, a fortaleza foi usada no século XIX mais como prisão para inimigos da monarquia do que propriamente bastião de proteção para Praga.
Com a ocupação da Checoslováquia pelo governo nazista de Adolf Hitler em 1940, o Small Fortress, ou pequeno forte localizado em um dos vértices do pentágono que forma a cidade, foi transformado em uma prisão especial da SS. Em outubro de 1941, toda a população civil da cidade havia sido evacuada e o local passou a abrigar um dos maiores guetos judeus do país. Estima-se que mais de 190 mil pessoas tenham passado por Terezin nesta época e de lá transportados sobre os trilhos construídos pelos próprios judeus para vários campos de concentração e extermínio do Terceiro Reich. Apesar de não ter sido um campo de extermínio em si, mais de 34 mil judeus pereceram no lugar.
Após a libertação da Checoslovávia pelo Exército Vermelho, russos e tchecos não puderam evacuar imediatamente boa parte dos judeus por causa de uma epidemia de Tifo. Mas em pouco meses Terezin se tornaria novamente um local de prisão, tortura e morte: desta vez para milhares de alemães (jovens, velhos, mulheres e crianças) recolhidos em todo o país. Esta situação perdurou por dois anos, quando a cidade foi devolvida para o uso civil e militar Tcheco. Durante os anos de comunismo esta história não pode ser contada. Entretanto, hoje os sobreviventes de Terezin (tchecos, judeus e alemães) vêem a cidade histórica sob pontos de vista diferentes. Diversos museus mostram cada lado da história. Mas são as pedras, muralhas, ruas e sua pequena população atual que carregam e refletem para as câmeras mais fortemente as reminiscências de seu passado trágico.

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Fotógrafos :
Vinicius Souza ­ (
mediaquatro.sites.uol.com.br/vinicius.html e vgpsouza@uol.com.br)
Maria Eugênia Sá ­ (
mariaeugeniasa.sites.uol.com.br e mge_sa@yahoo.com.br )

Christy Speakman­ ( christylei@yahoo.com )

Contatos: (55 11) 5093-2855 ou 9631-0666

 

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